segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Divagações, fórmulas e cappuccino (parte 1)

"Divagações, fórmulas e capuccino" é um dos textos que há muito venho montando, e que quero compartilhar com vocês. Não, não são afirmações, e agradeço a ajuda de vocês na elaboração de respostas. Já prevendo os tantos "aaaaaai que texto graaaande!", dividi-o em 3 partes. Sem mais delongas, a primeira delas:





Pretérito imperfeito, até onde o conhecia




Venho reparado diferenças gritantes na sociedade como um todo. A questão do limite me é mais peculiar, no momento: sim, pois se estabilidade é tudo o que o ser humano busca, é a amplitude desarmônica que o caracteriza de forma mais marcante.

Vejam bem: um único indivíduo não sobrevive por si, pois sequer uma ilha deixa de ser um conjunto de fatores distintos, portanto partindo para a pluralidade. Sendo dois, e estando nas mesmas condições, os indivíduos competirão entre si pelos recursos. Dessa forma,
podemos reduzir a divisibilidade das massas em dois únicos pólos, o A e o B - e entenda que não consideremos aqui quem está certo ou errado. Enquanto dois, a disputa torna-se, óbvio, de extrema. Com o surgimento de um (possivelmente um pacificador) ou mais indivíduos nesse contexto, os extremos distanciam-se cada vez mais, pelo bem comum, pela flexibilidade e sensibilidade da sociedade.

Passados séculos, talvez milênios, com o desenvolvimento e compreensão dessas mesmas sociedades em seus (gradativamente) mais minunciosos âmbitos, movimentos históricos de cunho revolucionário - seja religioso, econômico ou comunitário - trazem novamente à tona a questão do limite, do extremismo.
Extremismo esse já posto em evidência como principal consequência (ou causa, causa-consequência, talvez), e explícito nas maiores desgraças documentadas pela história.

Ainda no que diz respeito à sociedade e o extremismo, observa-se o quanto esse último interfere no primeiro, criando padrões. E esses padrões são vistos como o bem comum, ainda que manipulados por uma elite. Não tanto pelo bem-estar, mas apenas para generalizar, distinguir, determinar a que extremo pertence cada indivíduo. Dessa forma, um ser de uma grande sociedade passa a compor um grupo menor, onde todos estão padronizados de forma a permitirem esse rótulo. E assim, vermelhos se contrapoem a azuis e vice-versa.

Então, até dado momento, a frequência do limite se dava dessa forma: os extremos permaneciam fracos, distanciados por extremos de menor impacto (ou grupos menores, se preferir, pacificadores); ou estavam lado a lado, se degladiando pela posição superior. Eram esses os modelos sociais que admitiam padrões, generalizações, rótulos. Permitiam, portanto, a agregação da pessoa a um grupo a qual se identifique - como a instituição familiar, por exemplo. Até dado momento...




Música da vez: Skank - A Balada do Amor Inabalável

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