segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Tendência a Pontapés e Murros (TPM parte 1)



É, caro amigo... Sua mãe anda te dando bronca porque você misturou as vasilhas secas com as recém lavadas? Sua melhor amiga escrachou a raríssima coletânea do Queen que você comprou? E a namorada? Discute a relação a cada "A" que você diz!? Não se desespere! Pois o PLURAL METAFÔNICO tem a solução (ou, pelo menos, bons paliativos para essa crise)!!

Postarei aqui algumas dicas, informações e guias sobre TPM para, juntos, aprendermos como amansar as feras e deixá-las felizes nessa época tão estressante.
PS: Mu
lheres, não se enganem... Essa não é mais uma tentativa de tirar sarro com o período TPêMico mas, sim, uma maneira divertida de entender VOCÊS e, ao mesmo tempo, evitar possíveis traumas para nosso lado, além de ajudar para que o relacionamento (seja ele o que for) seja mais harmonioso.

Primeiramente, vamos entender o que é a TPM:

TPM é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual, atingindo 94% das mulheres entre 14 e 49 anos (os outros 6% devem ser compostos de mentirosas). Esses sintomas podem ser tão severos à ponto de interferirem significativamente na vida da mulher (e de seu parceiro, visto que 7 em cada 10 mulheres na TPM descontam toda a irritação em seu companheiro). A duração desse período varia de mulher para mulher, podendo chegar a 15 dias! Um apocalipse - para elas, e para todos que as cercam.

A medicina ainda não conseguiu desvendar por completo os processos biológicos que, todos os meses, levam as mulheres à loucura. Descrita pela primeira vez no ano 400 antes de Cristo (ahahhahahahha lol), a TPM só começou a receber a devida atenção dos médicos cerca de quarenta anos atrás! Hoje, já se sabe que a TPM é, na realidade, uma associação de manifestações decorrente de oscilações hormonais bruscas.

Os sintomas mais comuns são ansiedade (alteração do humor com sentimentos de hostilidade e raiva), depressão (com sensação de desvalia, distúrbio do sono, dificuldade de concentração), dor de cabeça, dor ou aumento da sensibilidade das mamas, retenção de líquidos (inchaço ou dor nas pernas), cansaço e desejos por alguns alimentos como chocolates, doces e comidas salgadas.


A TPM possui 4 estações bem definidas entre si, que são:


A Fase Meiguinha: Quando a mulher começa a ficar dengosa, grudentinha. Bom sinal? Talvez, se não fosse mais do que o normal. Ela te abraça do nada, fala com aquela vozinha de criança e com todas as palavras no diminutivo. A fase chega ao fim quando ela diz que está com uma vontade absurda de comer chocolate. O que se segue, é uma mudança sutil desse comportamento, aparentemente inofensivo, para um temperamento um pouco mais depressivo.

A Fase Sensível: Ela passa a se emocionar com qualquer coisa, desde uma pequena rachadura em forma de gatinho no azulejo em frente à privada, até uma reprise de um documentário sobre a vida e a morte trágica de Lady Di. Esse estágio atinge um nível crítico com uma pergunta que assombra todos os homens, desde os inexperientes até os mais escolados como o meu pai:

– Você acha que eu estou gorda?

Notem que não é uma simples pergunta retórica. Reparem na entonação, na escolha das palavras. O uso simples do verbo "estou" ao invés da combinação "estou ficando", torna o efeito da pergunta muito mais explosiva do que possamos imaginar. E essa pergunta, meus amigos, é só o começo da pior fase da TPM. Essa pergunta é a linha divisória entre essa fase sensível da mulher para uma fase mais irrascível.

A Fase Explosiva: Essa é a fase mais perigosa da TPM. Há relatos de mulheres que cometeram verdadeiros genocídios nessa fase. Desconfio até que várias limpezas étnicas tenham sido comandadas por mulheres na TPM. Você chega na casa dela, ela está de pijama, pantufas e descabelada. A cara não é das melhores quando ela te dá um beijo bem rápido, seco e sem língua. Depois de alguns minutos de silêncio total da parte dela, você percebe que ela está assistindo aquele canal japonês que nem ela nem você sabem o nome. Sem legendas... Então, meio sem graça, sem saber se fez alguma coisa errada, você faz aquela famosa pergunta: "Tá tudo bem?" A resposta é um simples e seco: "Tá", sem olhar na sua cara. Não satisfeito, você emenda um "Tem certeza?", que é respondido mais friamente com um rosnado baixo e cavernoso "teenhoo". Aí, como somos legais e percebemos que ela não tá muito a fim de papo, deixamos quieto e passamos a tentar acompanhar o que Tanaka está tramando para tentar tirar Kazuke de Joshiro, o galã da novela que...

Porra, viu!? – ela rosna de repente.

– Que foi?

A Fase Explosiva acaba de atingir o seu ápice com essa pergunta. Sem querer, acabamos de puxar o gatilho. O que se segue são esporros do tipo:

– Você não liga pra mim! Tá vendo que eu to aqui quase chorando e você nem pergunta o que eu tenho!Mas claro! Você só sabe falar de você mesmo! Ah, o seu dia foi uma merda?O meu também! E nem por isso eu fico aqui me lamuriando com você! E pára de me olhar com essa cara! Essa que você faz, e você sabe que me irrita! Você não sabe! Aquele vestido que você me deu ficou apertado! Aaaai, eu fico looooouca quando essas coisas me acontecem! Você também, não quis ir comigo no shopping trocar essa porcaria! O pior de tudo é que hoje, quando estava indo para o trabalho, um motoqueiro mexeu comigo e você não fez nada! Pra que serve esse seu Jiu Jitsu? Ah, você não estava comigo? Por que não estava comigo na hora? Tava com alguma vagabunda? Aquela sua colega de trabalho, só pode ser ela. E nem pra me trazer um chocolate! Cala sua boca! Sua voz me irrita! Aliás, vai embora antes que eu faça alguma besteira. Some da minha frente!

Desnorteado, você pede o pinico e sai. Tenta dar um beijinho de boa noite e quase leva uma mordida.


A Fase da Cólica: No dia seguinte o telefone toca. É ela, com uma voz chorosa, dizendo que está com uma cólica absurda, de não conseguir nem andar. Você vai à casa dela e ela te recebe dócil, super amável. Faz uma cara de coitada, como se nada tivesse acontecido na noite anterior, e te pede pra ir à farmácia comprar um Atroveran, Ponstan ou Buscopan pra acabar com a dor dela. Você sai pra comprar o remédio meio aliviado, meio desconfiado. "O que aconteceu?", você se pergunta. "Tudo bem". Você pensa. "Acho que ela se livrou do encosto".

Pronto! A paz reina novamente. A cólica dobra (literalmente) a fera e vocês voltam a ser um casal feliz. Pelo menos até daqui a 20 dias...




Música da vez: Skank - Eu Disse a Ela =)


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O Babaca!


O blog Totalmente Sem-Noção chama de joselitos! Minha mãe chama de bôbo! Os japoneses chamam de baka! O meu pai chama de.... Não, meu pai tem nem paciência pra dar nomes...
A verdade é que o nosso "babaca" é totalmente diferente do resto do Brasil -e talvez de Portugal também, nunca fui lá, quem sabe?!- e muitas pessoas ficam confusas quando lêem ou nos vêem soltar um babaca pra lá e um babaca pra titia! Não, calma! Não priemos cânico! Eu vos explicarei o Babaca que tanto homenageamos e citamos em nossas vidas póbris e... babacas....

O "babaca" surgiu quando conheci Klaus, Nyo e outros babaquinhas -babaquinhas porque não chegam aos nossos pés, lógico- num Leitura Anime Fantasy por aí... Neste dia, comecei a pegar animes à rodo pela internet até que Klaus me emprestou (deu) um CD com as temporadas de Naruto em japonês, que assistia três, quatro episódios por dia! O que aquele desgramado dattebayo vive falando pra todo mundo??! BAKA! De tanto ouvir baka, fui ficando maluco! Mesmo teimando em não soltar palavras japonesas à esmo e ficar parecendo um otaku babaca (pleonaaaaaaaaasmo são dois pontos!) punhetêro (meo deos, pleonasmo com três palavras vale??!) que a gente encontra pelas ruas, volta e meia soltava um baka (e/ou um peido, depende da ocasião)! Não, José, de jeeeeito nenhum! Otaku não!
Até que, sem querer querendo, chamei um amigo (deve ter sido o Klaus, tenho quase certeza de que foi o Klaus) de babaca... Por que?! A fonética é parecida, principalmente porque ele é babaca mesmo, porque o movimento de Júpiter entrou em sintonia com Netuno, mas, na verdade, porque queria uma coisa mais forte que um... bôbo... mas olha que beleza! BABACA! Bateeeeeu como um veneno, entrou na minha mente e me paralisô!!! BABACA! É lindo dizer!! BABAAAAAACA!!!!! Pensei com meus botões: "que bela palavra..."

Mas, então... Babaca é como um zé-mané, mas sem ser vacilão! Babaca é como um otaku, mas sem ser punhetêro (na maior parte do tempo, ao menos)! Babaca é como um bôbo, mas com malemolência! Babaca é como um melhor-amigo-confidente-pra-sempre-s2-s2-mIgUxOoOwW, mas com a cara-de-pau de chamar na xinxa quando o caldo engrossa!
O babaca é aquele indivíduo que vai ao estádio de futebol com uma placa escrita "Galvão, filma o jogo, porra!" ou como nosso ilustre representante desconhecido láááá em cima! É o cidadão que peida baixo na sala de aula pra ficar rindo de quem vai vomitar lá fora! É o camarada que berra "Sô negão! Sô negão!! Ninguém é de ninguééém!" quando falta luz! Enfim, posso dar N exemplos aqui! Babaca somos nozes, túzes, vozes da minha cabeça e o meu vizinho que adora um pagode no fim de semana -mas que ganhou meu respeito por tocar mais alto que meu AC/DC!
Muito importante: O babaca procura não ofender as pessoas, mas gosta de zuar! Tenta não ser pau-mandado, principalmente das meninas, mas tá lá pra ajudar! Não vai te negar ajuda, mas que fique sabendo, o babaca vai rir MUITO da tua cara assim que cê ficar melhor da ressaca -seja ela do que for!

Lógicamente, existem os níveis de babaquismos que você pode adquirir!
Um blog, que achei pelas andanças pela internet -aliás, internet é a coisa mais babaca que já inventaram- que ilustra bem as coisas que babacas fazem! O blog se chama Merda Acontece e este, lá em baixo, o "Você é babaca quando...", é o texto mais babacamente ilustrativo que já li, apesar de o blog mesmo estar abandonado! ... lendo mais e vendo melhor, este blog é altamente babaca, aprovadíssimo!

Mas, enfim... Vejeremos:

BABAQUINHA: é o aspirante à babaca. Ele segue os babacas e babacas-honestos pra onde forem, tenta fazer o que eles fazem e imitam seu jeito de falar. Muitas vezes, principalmente se forem auto-didatas, resvalam para o outro lado da tênue linha entre o babaquismo e o completo escroto filho da puta e acabam por serem excluídos da turma... e do orkut.

BABACA ESTAGIÁRIO: é, basicamente, um babaquinha, mas este tem a decêndia de não se tornar pau-mandado de terceiros. Muitas vezes, também, podem ser protegidos de babacas e babacas-honestos e por isso serem promovidos à estagiários, ou mesmo à babacas. O grande problemas destes é não saber bem a hora de parar quando começam a queimar o filme dos coleguinhas à roda.

BABACA: é o teu amigo do lado, o teu companheiro de calouradas, o zé-mane que tu compatilhas um blog. Enfim, é o que vos fala! Mas cuidado com os babacas: eles têm a péssima tendência a se tornarem melhores-amigos-confidentes-pra-sempre-s2-s2-mIgUxOoOwWw! Quando isso acontece, ele cái no Lado Negro do Atoísmo: O Repolhinho

BABACA-HONESTO: é o mestre, o grande, o magnâmico, o grande Babaca! Quase uma divindade! É aquele cara que, bom, não é bem que não se importe com o que as outras pessoas pensam, ele quer mais é que elas num pensem nada! É o cidadão que atingiu o ápice da religião Atoísta e atingiu o nirvana da Lei do Menor Esforço com maestria e equilíbrio, que completou o ciclo das Quatro Fases Tepeêmicas sem precisar comprar chocolate, que passou -e passa- das dores-de-barriga sem nem perceber se o celular tá ligado e que zerou Alex Kidd com menos de três continues -não, isso não são tópicos, só serás um babaca-honesto quando completares as quatro modalidades!

Enfim, achou graça??!
BABACA!