Não sei o que se passa. Não é amor, nem ódio, muito menos rancor ou saudade. Talvez seja a dor de há muito não sentir nada disso. Um sentimento de aflição por um esvaziar de si mesmo... Que lembra a areia paulatinamente caindo pela ampulheta.
Fausto, Fausto... Como te culpo por teres desejado tanto esse maldito progresso. E mais ainda por terdes criado essa tal modernidade que ninguém se reconhece. Eu só desejei a minha liberdade, mas tu sempre vieste com tuas ideias despóticas de falsidade e sequer te justificaste nalgum dia.
Deus, deus... Primeiramente em maiúsculas e depois em minúsculas, pois vós sempre fostes omisso. Enquanto ocorria toda a desgraça aqui no solo que és vossa criação, omitias-te como se não fosse de vosso interesse. Por isso de hoje em diante me recuso a fazer o pai nosso (que aliás nunca foi meu) e a clamar por vosso nome. Nunca me ouvistes. Por que ouvirias agora?
Perdoe-me por lhe dizer, mas ninguém o entenderá. Você andará perdido e tentará gritar por socorro, mas suas cordas vocais estarão dilaceradas e nada será real a não ser os seus tormentos. Digo por experiência própria. Palavras de quem sempre oscilou entre o ser e o não ser e só foi amado por não ser... Não ser o que é.
;)
2 comentários:
Puts grila... Isso foi a MELHOOOOOR EXPLICAÇAO QUE EU JÁ VI NA VIDA... puta merda... Não te conheço, mas sou sua fã *-*.
Qndo comentei, quero deixar bem claro, havia lido apenas a primeira estrofe... hauhauhauhuahauh, mas ainda sinto o que sinto...
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